PARA PENSAR...

Se a atualização sempre é necessária para todo profissional, é mais ainda no caso dos professores latino-americanos de hoje. (Lerner)
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segunda-feira, janeiro 12

A importância da leitura e o papel do professor

Quando falamos em leitura, queremos dizer conhecer, interpretar, atribuir sentidos singulares e decifrar. São aspectos que envolvem várias conseqüências, pois sempre lemos para alcançar uma finalidade, seja ela implícita ou não. É uma prática determinante na vida de um cidadão, uma vez que é um requisito substancial na formação da cidadania. Para que o aluno aprenda a ler, precisa ser construída uma representação adequada a seus fins, e isso não acontece por si só, a criança precisa de conhecimentos e reflexões sobre o processo de aquisição. Ela deve, mais do que aprender a ler, aprender a aprender.

O desafio da leitura é levar o aluno a observar, descobrir, perceber e refletir sobre aquilo que vê e naquilo que vive, conseqüentemente obterá a competência leitora e a cidadania crítica na qual tanto desejamos. Nessa caminhada, é papel insubstituível do professor, ensinar procedimentos e subsidiar os alunos, a fim de proporcionar uma prática leitora prazerosa, eficiente e proficiente.

Podemos perceber, em toda nossa volta, a importância do ato da leitura no convívio social e para o nosso bem estar. Seu exercício compreende em capacitar a formação de uma sociedade cujos cidadãos estejam cada vez mais críticos em busca de seus direitos e deveres.

No entanto, cabe ao professor ser modelo ativo dessas práticas para que seus ensinamentos e mediações sejam validados, uma vez que, apesar de um mundo letrado, muitos dos alunos só têm essa oportunidade dentro de uma escola, e o professor como único modelo.

Para saber mais: LERNER, Delia. Ler e escrever na escola O real, o possível e o necessário. Porto Alegre. Artmed, 2008

domingo, janeiro 11

Ler...O que é?

“Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem e interpreta a partir de onde os pés pisam”. (BOFF)

Ler... É estar em contato com o outro. Sabemos que há uma diferença entre ver, ouvir e escutar. Ler não é apenas passar os olhos por algo escrito, não é fazer uma versão oral de um escrito e muito menos apenas codificar e decodificar palavras. É antes de tudo construir sentidos para o que se lê e para que isso aconteça, é preciso considerar os conhecimentos prévios do leitor sobre o assunto a ser lido.

Ler, mais do que tudo é questionar o mundo e a si mesmo. É conhecer, interpretar, decifrar.

A leitura é um desafio que tem como objetivo o trabalho de linguagem que leve o aluno a observar, perceber, descobrir e refletir sobre o mundo e interagir com seu semelhante através do uso funcional de linguagens.

A leitura do mundo precede a leitura da palavra. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente.



Para saber mais: BRASIL, Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP). Letra e Vida. Programa de Professores Alfabetizadores. Módulos 1, 2 e 3. São Paulo, 2007





Contribuições a prática pedagógica


Para que os alunos sejam leitores interessados e gostem de ler, é fundamental que o professor, em primeiro lugar tenha esse costume, esse prazer. Sendo assim, um primeiro e grande passo é dado.
Logo, beneficiar, subsidiar aos alunos um local favorecido com diversos gêneros textuais, fará com que o mesmo perceba a sua importância e estará, aos poucos, se familiarizando com o seu papel de leitor social.

Mostrar para os alunos a importância para o convívio em sociedade a necessidade de estar envolto à pratica de leitura é o mesmo que inseri-los nesse contexto. Para tanto, trabalhar essas práticas é em suma, um caminho que não pode ser esquecido.

O aluno tem que perceber o tempo todo o quão importante para nos situarmos frente ao mundo, é utilizarmos estratégias para situações diversas.

Indubitavelmente quando uma criança está inserida num contexto letrado e isso implica não apenas a obrigação da escola, já que nosso redor é favorecido, sua alfabetização será mais “leve”, mais prazerosa e tão logo, cedo. Esse favorecimento, além de tudo, a tornará um cidadão crítico e seletor.

Caso contrário, se o professor não estiver preparado, não der importância, ou ainda achar desnecessário tanto quanto perda de tempo trabalhar em sala de aula com as mais diversas práticas e estratégias de leitura e o aluno não tiver, em casa o apoio dos pais para que isso se faça presente, ainda veremos pessoas com dificuldades em interpretar uma situação do dia-a-dia, por falta de estímulos, por não saber recorrer a estratégias quando precisar resolver problemas, que por vezes, seria facilmente compreendido.

Fato esse seria, porquanto ainda ocorram, aulas sem conexões com o mundo, deixando alunos cada vez mais alienados e distantes de uma cidadania de diferenças.


Para saber mais: BRASIL, Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP). Letra e Vida. Programa de Professores Alfabetizadores. Módulos 1, 2 e 3. São Paulo, 2007



Ler sem saber ler


Dependendo do que estamos lendo, nós automaticamente usamos a estratégia de leitura apropriada. Se estivermos lendo um livro, nossos olhos e nosso cérebro se comportam de forma diferente de quando estamos lendo uma lista telefônica ou uma bula de remédio.

Ler significa conhecer, interpretar, decifrar. Essa afirmação tem várias conseqüências. Em primeiro lugar, envolve a presença de um leitor ativo que processa e examina o texto. Também implica que sempre deva existir um objetivo para guiar a leitura; em outras palavras, sempre lemos para algo, para alcançar alguma finalidade.

Para aprender a ler, as crianças precisam que seja construída uma representação adequada dos fins da leitura, assim como da tarefa de ler. A criança necessita de conhecimento e reflexão sobre os processos de aquisição. Ao mesmo tempo em que ela ensaia aprender a ler, deve aprender a aprender a ler.

A leitura é um desafio que tem como objetivo o trabalho de linguagem que leve o aluno a observar, perceber, descobrir e refletir sobre o mundo e interagir com seu semelhante através do uso funcional de linguagens, conseqüentemente desenvolverá a competência do uso da linguagem, entrando para o mundo letrado.

O leque de objetivos e finalidades que faz com que o leitor se situe perante um texto é amplo e variado: preencher um momento de lazer, procurar uma informação concreta, seguir uma pauta de instruções para realizar uma determinada atividade (cozinhar, conhecer as regras de um jogo); informar-se sobre determinado fato (ler o jornal, ler um livro de consulta).

Além disso, a utilização de estratégias de leitura compreende três momentos: o antes, o durante e o após a leitura. Na pré-leitura, é feita uma análise global do texto (do título, dos tópicos e das figuras), e também o uso do conhecimento prévio. Durante a leitura é feita uma compreensão da mensagem passada pelo texto, uma seleção das informações relevantes, uma relação entre as informações apresentadas no texto e uma análise das predições feitas antes da leitura, para confirmá-las ou não. Depois da leitura é feita uma análise com o objetivo de rever e refletir sobre o conteúdo lido, ou seja, a importância da leitura, o significado da mensagem, a aplicação para solucionar problemas e a verificação de diferentes perspectivas apresentadas para o tema. Em outras palavras, o reconto.

O professor exerce um papel de grande importância ao propiciar não somente a aprendizagem em leitura, mas também ao propor modelos e procedimentos que proporcionem a compreensão em leitura.


Para saber mais: BRASIL, Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP). Letra e Vida. Programa de Professores Alfabetizadores. Módulos 1, 2 e 3. São Paulo, 2007

Pensamento Infantil - A narrativa da criança